quarta-feira, 30 de março de 2011

Sonho lúcido

O que é importante pra mim?
Desenhar? Estudar? Ler livros? Café? Dinheiro?
Acho que nada disso, na verdade são só fugas, entretenimento barato assim como a sua TV, futebol, sexo e cervejinha do final de semana, apenas ocupam sua mente do que ela é realmente, do qual você mesmo desconhece.
A melhor forma de saber isso é perdendo tudo, todos os vícios, valores criados, o que é impossível pois até a linguagem a qual redijo esse texto tem uma história e foi criada por um grupo de pessoas, cada palavra tem seu significado distinto, que até isso faz eu me perder de mim mesmo, por não ter palavras para me expressar.


Mas quando se perde uma parcela do que se tem, já é notável o que faz falta, e pra mim não é o café, a música os desenhos e os livros, são as pessoas, e tudo o que eu tive (e não dei valor) de que me lembro vagamente como as lembranças de um sonho, como naquela tarde linda na praça, o periquito derrubando as flores cor-de-rosa que caiam delicadamente no chão, sinto falta desses "sonhos" e dos integrantes deles, hoje faço parte de um sonho lúcido, faço coisas por fazer, mesmo sabendo que são fugas de mim, faço porque não quero acordar.

oi

Er, o título é sempre mais dificil, então foi a primeira coisa que eu pensei mesmo.
Olá pessoas que leem o bagulho,
Meu nome é Camila e eu fui convidada um dia pra escrever algumas coisas aqui, então hoje resolvi fazer isso
porque é meu aniversário e eu escrevi algumas coisas e porque eu quis.
=)

domingo, 20 de março de 2011

domingo, 13 de março de 2011

Minha vida, atual.

Olá.
Bem, há séculos eu não consigo escrever um post que preste. Até tinha falado pro Carlos que faria um post como resposta a um vídeo dele, mas não o fiz. Não tenho tido mente pra escrever. Nem digo que me falta tempo, porque tempo se arranja e ainda mais pra Brasileiro. To começando a escrever agora pra ver se surge alguma inspiração.
Na semana do carnaval eu não estudei. Criei twitter e tumblr [ tiafolk os dois] e não tenho tido motivações pra muitas coisas. Fui a igreja, fui pro curso bíblico um dia, entrei na liturgia, fui pro curso de inglês e francês. O resto do tempo dormi e mexi no computador. Observei que minha memória tá um lixo, que eu esqueço frases, palavras, voz e o rosto das pessoas. Eu tenho que fazer promessas que não vou esquecê-las, porque só assim eu tenho certeza do que é real e do que é sonho, e esse também é um outro problema. Depois de um tempo eu não sei o que foi real e o que foi imaginação. Misturei histórias e contos com realidade. Cheguei a acreditar que o Billy existe mesmo, até dei um sobrenome pra ele: Billy Trick. Depois acordei e "porra, isso não existe. Que mundo é esse que você tá vivendo? Por que?". Ano que vem faço 18 anos, vivo falando isso. E aí? O que fiz da minha adolescência? Porque depois disso você é só jovem e responsável. Pois é, não fiz muita coisa. Perdi um ou dois anos por causa de uma pessoa, ganhei muita preguiça, não sei se me encaixo na bulimia ou na anorexia. Ué, será minha memória falhando? É.
Eu me relacionei com pessoas. Quais? Então, eu me relacionei com gente que passou rápido demais pra que eu lembrasse, ou que pelo menos as lembranças fossem claras.
Amigos, não muitos. E esse ano, nenhum praticamente. Se bem que eu nunca tive amigos pra todas as horas, mas esse ano eu realmente não tenho amigos. Também não tenho um namorado, beleza ou interesse por alguma coisa dessas.
Gente que se suicida ou que tentam, depressivos, felizes demais, emotivos demais, frios demais. Problemas, só sobre isso que as pessoas sabem falar, problemas. Culpar o outro, esmurrar o vento, chorar e querer que tudo esteja bem sem o menor esforço. "Sou feia, burra, idiota, ninguém me ama" bla bla bla. E não, não sou eu. Posso ser o que for, estou ciente e não preciso ficar culpando outras pessoas. Se eu não tenho alguém comigo é porque não fiz ou não sou o bastante pra ter alguém perto de mim.
Achei um livro do Augusto dos Anjos, meu autor favorito. Antes, eu ficava mal o bastante pra me sentir bem, era tipo água fria na cara, um porre de realidade e lá estava eu, um pouco mais fria, com os olhos e ouvidos mais atentos, e eu estava muito muito bem mesmo. Hoje eu leio Augusto, falo "porra, ele era muito fantástico" e só. O balde de água fria já não adianta muito, já estou na temperatura da realidade. A parte boa disso é que eu me sinto bem assim. Só que as vezes tenho meus dias de sentimentos vagos, aquela minha realidade que me faz mal, coisas em mim que eu não consigo mudar, isso tem a ver com adaptação às outras pessoas que eu sou obrigada a conviver. Quem me conhece sabe que eu respeito muito todos, e que busco ver o lado bom delas, mas ultimamente eu estou sendo obrigada a conviver com gente que ignora, que ri descaradamente, que te corta e que se acha superior, gente que coloca a culpa nas outras pessoas por problemas na vida, que não se esforça pra conseguir o que quer, que não sabe o que quer, que é infeliz e busca passar infelicidade, que é preconceituosa e destrutiva. Destrutiva, não sei se é a palavra certa, mas creio que vocês me entenderam. Estão tentando me derrubar todos os dias, mas eu só caio as vezes. Não porque eu sou mega forte, mas porque se eu caísse sempre, me tornaria como uma dessas pessoas que eu não gosto, acabaria vendo misérias onde não tem e ficaria nisso até que viesse alguém e me desse um tapa na cara, como já aconteceu.
Eu quis ajudar tanta gente, talvez pela intenção tenha valido alguma coisa. Tentei fazer tanta gente sorrir, ver o sorriso de vocês é bom, então sorriam sempre. Por favor, parem de achar que estar triste e deprimido é algo legal. O status que você ganha se perde quando você tem um acesso de felicidade e se torna bipolar. Isso é chato.
Também não tentem se matar. Vocês, com certeza, não viram nem metade do que poderiam ver na vida. Eu entendo que a morte parece ser algo muito interessante, mas deixe que tudo ocorra no tempo certo. Falo isso porque das coisas que eu mais gostei de ter feito, uma delas é deixar que as coisas ocorressem sem pressa e aproveitar o momento, sorrir de verdade na companhia de alguém por prazer em estar com ela, por exemplo.
Ah, também não ignorem ou abandonem alguém. E tem gente que faz isso comigo e noutra hora vem me falar que se sente odiada por todos. É aí que vocês precisam de um tapa na cara e eu raramente tenho coragem de fazer, porque machuca, por mais que as intenções sejam as melhores.
Me prolonguei demais. Comecei sem vontade de escrever, mas o importante é tentar, né? Pois é, consegui. Me sinto bem.
Acabei usando aqui como eu deveria usar o Diary, mas tudo bem, é minha vida e se alguém tem/tinha vontade de saber mais, agora sabe bastante.
Obrigada por visitar, por ler, por comentar. Volte sempre e sinta-se a vontade pra comentar ou abrir uma discussão. Beijos e até logo.